O 9º Encontro GelAvista realiza-se nos dias 10 e 11 de outubro, exclusivamente online. Esta iniciativa procura divulgar o programa que monitoriza, desde 2016, os organismos gelatinosos em toda a costa de Portugal continental, Açores e Madeira, com a ajuda dos cidadãos.
O Encontro anual GelAvista juntará este ano cientistas que trabalham com espécies gelatinosas mas também voluntários do programa e todos os cidadãos interessados nestes organismos.
Para além da divulgação dos dados recolhidos, durante o último ano, no âmbito deste projeto de ciência cidadã e da participação de oradores convidados, o encontro compreenderá, também a apresentação o ponto da situação do FitoAvista e o contributo do GelAvista para o avanço no estudo dos organismos gelatinosos.
Os prémios Medusa d’Ouro irão ser entregues de modo a distinguir os observadores GelAvista que se destacaram dos demais.
O evento é aberto ao público em geral, sendo possível participar no mesmo, presencialmente ou por videoconferência, mediante inscrição.
Para poder estar presente, pedimos que preencha um breve formulário de inscrição:
Veja, de seguida o programa detalhado:
O 8.º encontro GelAvista decorreu no dia 14 de outubro, no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo, nos Açores. No evento anual deste programa de ciência cidadã do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) apresentou-se os mais recentes resultados da monitorização dos arrojamentos de espécies gelatinosas no país.
Localmente, estiveram presentes o presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, José Álamo Meneses, investigadores, ambientalistas, voluntários do projeto e demais cidadãos interessados na temática. A participação online foi superior, reunindo maioritariamente investigadores e cidadãos observadores GelAvista.
Após uma breve apresentação do projeto GelAvista, seguiu-se o ponto da situação da monitorização das espécies gelatinosas em Portugal e a apresentação de um resumo dos trabalhos científicos já publicados em revistas da especialidade, que resultaram da colaboração e/ou utilização de dados GelAvista com outros grupos de investigação.
Estes são um trabalho de revisão sobre novos métodos de amostragem científica de gelatinosos, duas novas ocorrências de cnidários para Portugal (Lipkea ruspoliana e Odessia maeotica), um trabalho sobre o ciclo de vida e ecologia da Medusa-do-tejo, um sobre a ecologia e transporte oceânico de Veleiro e a colaboração num trabalho sobre políticas de conservação e gestão do estuário do Tejo e canhão de Lisboa.
Seguiram-se as apresentações dos oradores convidados. “O veneno da caravela-portuguesa e o mecanismo da sua picada” foi o tema explorado por Duarte Toubarro, da Universidade dos Açores, que tem desenvolvido trabalho científico para perceber o potencial da utilização do veneno deste organismo. Natural da Terceira, João Bruges apresentou “Fotografia subaquática, desde a captura à imagem final”, partilhando a sua experiência na área e alguns conselhos úteis.
O ponto da situação do Fitoavista, projeto-irmão do GelAvista que monitoriza as ocorrências de fitoplâncton marinho em toda a costa portuguesa, e as atividades desenvolvidas no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo encerraram as apresentações.
Já no final da manhã, apresentaram-se os prémios Medusa d’Ouro, que distinguiram a colaboração de João Garcia, José Pires, Miguel Guerreiro, Pedro Reis, as organizações ambientais Charcos & Companhia e Mar à Deriva e ainda a associação de nadadores-salvadores do Litoral Alentejano Resgate no GelAvista ao longo do último ano.
O encontro encerrou com a realização de uma animada saída de campo na orla marítima durante a tarde.
Esta iniciativa contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e com a colaboração do Centro de Ciência de Angra do Heroísmo.
O Encontro GelAvista realizou-se nos dias 10 e 11 de outubro de 2022, reunindo observadores deste programa de ciência cidadã, investigadores, estudantes de biologia e outros interessados no auditório do IPMA-Algés e através de videoconferência.
A iniciativa dividiu-se em dois momentos distintos, o primeiro dedicado à ciência cidadã, reservando-se, pela primeira vez, o segundo dia, à apresentação de trabalhos científicos relacionados com a temática dos gelatinosos.
A diretora do Departamento do Mar e Recursos Marinhos do IPMA, Ivone Figueiredo, deu início à 7.ª edição do evento, dando as boas-vindas aos presentes e salientando a importância deste projeto que monitoriza, desde 2016, as espécies de gelatinosos que ocorrem em Portugal, com a ajuda dos cidadãos. Como sempre sucede, o encontro compreendeu a apresentação do GelAvista e dos mais recentes dados recolhidos no âmbito do programa que, graças à colaboração dos seus observadores, já registou mais de 12300 avistamentos.
Ainda no primeiro dia, tivemos como convidado especial o biólogo marinho e fotógrafo Nuno Vasco Rodrigues, que falou sobre o poder da imagem na conservação do Oceano, dando a conhecer o fantástico trabalho que tem vindo a desenvolver nesta área um pouco por todo o mundo.
De seguida, André Reis, Mónica Albuquerque e Sidónio Paes foram distinguidos com o Prémio Medusa d’Ouro, que premeia os melhores contributos para o projeto do ano corrente, enquanto José Azevedo recebeu o Prémio de Mérito e Dedicação GelAvista pelos serviços prestados, desde 2016 até à data, enquanto observador de excelência.
Na ocasião, foi lançado o projeto “FitoAvista”, que pretende, à semelhança do GelAvista, obter informação sobre a cor da água do mar e da presença de espuma, indicativos da presença de fitoplâncton marinho, a fim de monitorizar de uma maneira mais extensa a ocorrência de blooms destas espécies.
O dia dedicado à componente científica começou com as palestras de duas cientistas de excelência e reconhecidas mundialmente pelos seus trabalhos com cnidários. Primeiro, a professora da Universidade de Griffith (Austrália), Kylie Pitt, explicou o trabalho que tem realizado no conhecimento das interações entre espécies, especificamente as associações com as espécies gelatinosas. Realçando como as mudanças antropogénicas no ambiente marinho, como exemplo a acidificação dos oceanos, podem interromper as associações entre as espécies gelatinosas e os organismos que se associam a elas, com implicações para a biodiversidade dos oceanos e o importante papel ecológico dos primeiros na manutenção da biodiversidade nos oceanos. De seguida a investigadora do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (Espanha), Laura Prieto, falou sobre os seus estudos de previsão de ocorrências de gelatinosos associados a eventos climáticos extremos para ajudar a identificar e prever estes fenómenos, apoiando tomadas de gestão adaptativa a nível local e regional.
Seguiu-se, durante a tarde, a apresentação de trabalhos científicos de investigadores nacionais relacionados com a temática das espécies gelatinosas (disponíveis para consulta abaixo).
–NEWSERA – Comunicar ciência em projetos de ciência cidadã (Cristina Luís & Inês Navalhas, CIUHCT, Ciências.ULisboa);
– Classifier model for the identification of gelatinous zooplankton species (Joel Fernandes, Fernando Cassola Marques et al., Universidade do Porto);
-Jellyfish tracking in the southwestern Mediterranean Sea: a citizen science and scientific field survey alliance (Sonia Gueroun et al., MARE-Madeira);
-Jellyfish TAG, a tool to share information on jellyfish culture between public aquariums (Hugo Batista, Oceanário de Lisboa);
–Evolution in culture and maintenance techniques of Phyllorhiza punctata and Chrysaora quinquecirrha at Oceanário de Lisboa (João Lopes & Hugo Batista, Oceanário de Lisboa);
–Prey selectivity and feeding rates of the scyphozoan Catostylus tagi (Haeckel, 1869) (Joana Cruz et al., CCMAR);
–Examining historic and current diversity patterns of pelagic Cnidaria and Ctenophora in the Macaronesian oceanic island systems (Sonia Gueroun et al., MARE-Madeira);
–Identificação de uma espécie de anémona-do-mar do Pacífico na costa Portuguesa (Ana Pereira, ISPA).
O 6º Encontro GelAvista decorreu em formato híbrido (online e presencial) nos dias 11 e 12 de Outubro de 2021.
A componente presencial foi realizada no CIIMAR, por isso a apresentação dos resultados mais recentes do programa GelAvista, centrou-se na região norte de Portugal. Foram ainda apresentados os resultados de um estudo focado na Caravela-portuguesa, desenvolvido por alunas da Universidade do Algarve e Lisboa em colaboração com o GelAvista, no âmbito do programa Sê investigador por 3 semanas do CEAUL (https://bit.ly/3D7KxVN). Ainda fruto das colaborações com o GelAvista, Sonia Gueroun, a trabalhar no projecto GoJelly (https://gojelly.eu/) apresentou o trabalho desenvolvido sobre a medusa-do-Tejo e que inclui dados GelAvista.
Os convidados foram a Doutora Alenka Malej do National Institute of Biology na Eslóvenia que falou sobre as medusas do Mar Adriático no contexto das alterações climáticas e, o fotógrafo de natureza Luís Quinta que revelou algumas das belas imagens que captou de espécies gelatinosas em águas portuguesas.
No dia 12 de Outubro, em formato exclusivamente online, tivemos um workshop sobre a identificação dos organismos gelatinosos mais comuns que ocorrem em Portugal. Como já vem sendo habitual, todos os participantes tiveram a oportunidade de colocar questões e no final do encontro foram atribuídos os prémios Medusa d’Ouro. Este foi o Encontro GelAvista mais participado de todos!