Espécies

foto Maria Pinto

Physalia physalis (Caravela-portuguesa)

Conhecida como caravela-portuguesa, P. physalis é um Sifonóforo. Trata-se de uma colónia de indivíduos especializados em diferentes funções que, em conjunto, formam um único organismo. Flutua na superfície do mar impulsionado por ventos e correntes, com a ajuda do pneumatóforo, um flutuador em forma de balão. Os seus tentáculos podem atingir até 30m de comprimento. Esta espécie ocorre com frequência ao longo da costa portuguesa, incluindo Açores e Madeira e é a mais perigosa de todas os gelatinosos que ocorrem em Portugal. O contato direto deve sempre ser evitado. Em caso de contacto inadvertido, limpe com cuidado, aplique vinagre e/ou compressas quentes sobre a região afetada.

foto Igor Lerias

Velella velella (Veleiro)

Distingue-se da espécie anterior por apresentar o flutuador em forma de vela. O veleiro flutua à superfície e é influenciada por ventos e correntes superficiais. Cosmopolita, vive nos mares tropicais e temperados dos oceanos. É uma espécie comum nas águas portuguesas ocorrendo no final do inverno e nos meses de primavera. Estes organismos podem formar agregados densos à superfície da água, e cobrir vastas áreas de areal quando dão à costa. Os seus tentáculos são curtos e ligeiramente urticantes, pelo que se recomenda evitar o contato direto.

foto Filipe Von Mayer

Catostylus tagi (Medusa-do-tejo)

É a medusa mais comum em Portugal continental, podendo ser facilmente observada em portos e marinas, especialmente nos rios Tejo e Sado. Esta medusa tem origem no rio Tejo, daí o seu nome. É uma espécie de grandes dimensões, com tentáculos espessos em forma de cacho e com as gónadas em forma de cruz, visíveis através da campânula. O seu poder urticante é considerado fraco, no entanto, aconselha-se precaução.

foto Paulo B. Oliveira

Pelagia noctiluca (Água-viva)

Conhecida como água-viva nos Açores e Madeira onde ocorre com muita frequência, durante a primavera e o verão é considerada a medusa mais comum no Mar Mediterrâneo. Os seus tentáculos podem chegar aos 2m de comprimento e é muito urticante. As suas células urticantes estão concentradas nos tentáculos, mas existem também na campânula. Esta é uma espécie bioluminescente, significa por isso que emite luz quando estimulada pelas ondas do mar ou pelas embarcações e visível durante a noite. Seus tentáculos podem atingir até 2m de comprimento, e as células pungentes estão concentradas nos tentáculos e próximo ao sino. A espécie é bioluminescente. Evite o contato. Em caso de contato direto, limpe cuidadosamente, aplique compressas de gelo e bicarbonato de sódio (se disponível).

foto Alexandra Teodósio

Rhizostoma luteum (Medusa-tambor)

É uma espécie relativamente comum, que ocorre na costa portuguesa, no estreito de Gibraltar e na costa oeste Africana com relativa frequência. É uma medusa de grandes dimensões cuja campânula pode chegar aos 60 cm de diâmetro. É facilmente reconhecida pelos seus braços orais curtos e folhosos, com longos apêndices de coloração escura nas extremidades. É considerada como ligeiramente urticante. Em caso de contacto direto com a pele, aplique compressas de gelo e, se possível, bicarbonato de sódio.

foto Paulo Vasconcelos

Chrysoara hysosecella (Medusa-compasso)

Considerada muito urticante, ocorre ocasionalmente na costa Portuguesa, especialmente na costa algarvia. Distingue-se facilmente pela sua simetria radial com a presença de bandas castanhas-escuras projetando-se a partir do centro da campânula, em forma de V. Em caso de contacto direto com a pele, limpe cuidadosamente e aplique compressas de gelo e bicarbonato de sódio (se possível).

foto Nuno Vasco Rodrigues

Aurelia aurita (Medusa-da-lua)

É uma espécie considerada cosmopolita, que ocorre nas zonas costeiras de águas quentes e temperadas de todos os oceanos, sendo frequentemente registada em portos, marinas, lagoas costeiras e estuários. É facilmente distinguida pelo seu aspeto translúcido com as suas gónadas em forma de ferradura, visíveis no centro da campânula. É rara em Portugal. É considerada como ligeiramente urticante, sendo que se deve evitar o contacto direto com a pele.

foto Tiago Dias (On Tales)

Phacellophora camtschatica

Esta é uma medusa de grandes dimensões, com uma campânula esbranquiçada de 30 a 60 cm de diâmetro e uma gónada central amarelada dando-lhe um aspeto de ovo estrelado. Apresenta 16 grupos de tentáculos longos, podendo atingir os 6m de comprimento. Esta espécie é rara e ocorre nas águas dos Açores e da Madeira durante a primavera e o verão. É considerada ligeiramente urticante.

foto Francisco Castelo

Salpa spp.

São organismos gelatinosos do grupo dos cordados, não são medusas e apresentam-se em todos os mares e oceanos. Exibem um ciclo de vida complexo, com uma fase solitária e uma fase colonial. Alimentam-se principalmente de fitoplâncton, podendo ocorrer em grandes números em zonas muito produtivas. Na fase colonial criam cadeias que atingem vários metros de comprimento. Não são urticantes.

foto Fatima Belling

Pyrosoma atlanticum

Estes organismos são cordados e coloniais, e apesar de cada organismo ter apenas alguns milímetros de tamanho, constituem estruturas rígidas semelhantes a um cilindro oco, com uma das suas extremidades aberta. Eles habitam as águas rasas e quentes do oceano aberto, mas podem ser encontrados em grandes profundidades. Não são urticantes.

foto Manuela Guimarães

Pleurobrachia spp. (Groselha-do-mar)

É um ctenóforo conhecido como groselha-do-mar. É um organismo gelatinoso pequeno, globular ou ovoide e transparente com um par de longos tentáculos que servem para apanhar as presas. O corpo apresenta quatro pares de fileiras longitudinais de cílios (finos filamentos) montados em placas transversais curtas que são bioluminescentes. Não são urticantes.

foto Vasco Varandas

Bolinopsis spp.

São ctenóforos e quase transparentes de forma oval que exibem bandas longitudinais com cílios bioluminescentes. Possuem tentáculos, que são usados para alimentação. Os seus avistamentos em Portugal são raros e principalmente em estuários de rios. Não são urticantes.