O 8.º encontro GelAvista decorreu no dia 14 de outubro, no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo, nos Açores. No evento anual deste programa de ciência cidadã do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) apresentou-se os mais recentes resultados da monitorização dos arrojamentos de espécies gelatinosas no país.
Localmente, estiveram presentes o presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, José Álamo Meneses, investigadores, ambientalistas, voluntários do projeto e demais cidadãos interessados na temática. A participação online foi superior, reunindo maioritariamente investigadores e cidadãos observadores GelAvista.
Após uma breve apresentação do projeto GelAvista, seguiu-se o ponto da situação da monitorização das espécies gelatinosas em Portugal e a apresentação de um resumo dos trabalhos científicos já publicados em revistas da especialidade, que resultaram da colaboração e/ou utilização de dados GelAvista com outros grupos de investigação.
Estes são um trabalho de revisão sobre novos métodos de amostragem científica de gelatinosos, duas novas ocorrências de cnidários para Portugal (Lipkea ruspoliana e Odessia maeotica), um trabalho sobre o ciclo de vida e ecologia da Medusa-do-tejo, um sobre a ecologia e transporte oceânico de Veleiro e a colaboração num trabalho sobre políticas de conservação e gestão do estuário do Tejo e canhão de Lisboa.
Seguiram-se as apresentações dos oradores convidados. “O veneno da caravela-portuguesa e o mecanismo da sua picada” foi o tema explorado por Duarte Toubarro, da Universidade dos Açores, que tem desenvolvido trabalho científico para perceber o potencial da utilização do veneno deste organismo. Natural da Terceira, João Bruges apresentou “Fotografia subaquática, desde a captura à imagem final”, partilhando a sua experiência na área e alguns conselhos úteis.
O ponto da situação do Fitoavista, projeto-irmão do GelAvista que monitoriza as ocorrências de fitoplâncton marinho em toda a costa portuguesa, e as atividades desenvolvidas no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo encerraram as apresentações.
Já no final da manhã, apresentaram-se os prémios Medusa d’Ouro, que distinguiram a colaboração de João Garcia, José Pires, Miguel Guerreiro, Pedro Reis, as organizações ambientais Charcos & Companhia e Mar à Deriva e ainda a associação de nadadores-salvadores do Litoral Alentejano Resgate no GelAvista ao longo do último ano.
O encontro encerrou com a realização de uma animada saída de campo na orla marítima durante a tarde.
Esta iniciativa contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e com a colaboração do Centro de Ciência de Angra do Heroísmo.